Ferdinando Innocenti criador da Lambretta não poderia imaginar
que após 60 anos de lançamento do primeiro modelo ,
a popularidade da Lambretta, pela sua beleza , qualidade e
charme atravessasse várias gerações e continuasse a inspirar
novos modelos das mais variadas marcas.
As manifestações artisticas seguintes são um exemplo :
ffffffoffffff
jjjjjjjjjjjjjjjj
oppp
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oooooo
oo loo
oooooo

jjjjjjj k
lp
eee ll
ll l llll
l l
iol
nn nnn
l
eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
POEMA DA AUTO ESTRADA
Voando vai para a praia
Leonor na estrada preta
Vai na brasa, de lambreta.
Leva calções de pirata,
vermelho de alizarina,
modelando a coxa fina
de impaciente nervura.
Como guache lustroso,
blusinha de terileno
desfraldada na cintura.
Fuge, fuge, Leonoreta.
Vai na brasa, de lambreta,
Agarrada ao companheiro
na volúpia da escapada
pincha no banco traseiro
em cada volta da estrada.
Grita de medo fingido,
que o receio não é com ela,
mas por amor e cautela
abraça-o pela cintura.
Vai ditosa, e bem segura.
Como um rasgão na paisagem
Corta a lambreta afiada,
engole as bermas da estrada
e a rumorosa folhagem.
Urrando, estremece a terra,
bramir de rinoceronte,
enfia pelo horizonte,
como um punhal que se enterra.
Tudo foge à sua volta,
o céu, as nuvens, as casas,
e com os bramidos que solta
lembra um demónio com asas.
Na confusão dos sentidos
já nem percebe, Leonor,
se o que lhe chega aos ouvidos
são ecos de amor perdidos
se os rugidos do motor.
Fuge, fuge, Leonoreta.
Vai na brasa, de lambreta.
ANTÓNIO GEDEÃO
LAMBRETTA - Um comercial dos anos 60
José Luís Nobre
publicado por oliveiraemovimento às 17:59